POR QUE PLANEJAR?
O rendimento da maioria dos ortopedistas é oriundo de serviços autônomos, ou seja, somos prestadores de serviços liberais sem vínculo empregatício. Tal fato nos coloca em posição de insegurança financeira para o futuro. Com o avançar da idade, perderemos capacidade laborativa e, consequentemente, poder de gerar renda a partir do trabalho. O motivo do planejamento está na possibilidade de se obter segurança financeira sem depender do exercício da medicina. Nesta entrevista o Dr. Marcelo de Carvalho Amorim fala sobre como o jovem ortopedista pode planejar melhor o futuro com segurança e garantia.
O QUE PLANEJAR? QUAIS OS OBJETIVOS DE UM PLANEJAMENTO?
– Os ortopedistas de hoje não foram contemplados com educação financeira em sua formação básica. Felizmente, essa realidade vem mudando e já se observa algumas escolas adotando este tema como disciplina obrigatória. O alvo do planejamento deve ser individualizado, com foco nos anseios de vida de cada profissional.
QUAIS OS PASSOS DE UM BOM PLANEJAMENTO?
– Como em qualquer área de atuação, o primeiro passo para o sucesso é um bom entendimento do tema. Deve-se decidir por dois caminhos: busca por conhecimento na área (cursos, pós-graduações, MBA), ou encontrar um bom gestor que possa desenvolver e acompanhar a evolução do planejamento. Educação financeira nada mais é que a orientação que se adquire para organizar orçamento, sair de dívidas e realizar investimentos. Quando comecei a pensar em educação financeira, estudei bastante sobre o tema e utilizo parte do conhecimento adquirido até hoje, mas com o passar dos anos, julguei que seria melhor investir em alguém que pudesse fazê-lo com muito mais conhecimento técnico do que eu. Além disso, acredito que para aplicar adequadamente meu planejamento, precisaria de um tempo que eu não tinha.
QUANDO O ORTOPEDISTA DEVE INICIAR ESSE PLANEJAMENTO?
– O mais cedo possível. Comecei a estudar sobre educação financeira no meu primeiro ano de residência. Na época vivia com uma bolsa do MEC e poucos plantões de clínica médica (a residência ocupava praticamente todo o meu tempo). Há uma máxima extremamente consagrada no meio financeiro que diz que não é o quanto se ganha e sim o quanto se guarda…
QUAIS AS VANTAGENS DE SE FAZER UM PLANEJAMENTO PROFISSIONAL?
– A principal vantagem de fazer um planejamento é ter controle de receitas, despesas, rentabilidade e, a partir de então, observar periodicamente, se as metas estão sendo cumpridas. Não basta estabelecer um ótimo planejamento se a sua execução não for eficaz.
PLANEJAMENTO X MERCADO DE TRABALHO: PODE-SE CORRER RISCOS?
– O mercado de trabalho para a ortopedia, assim como nas outras as áreas médicas, está cada vez mais saturado, graças às aberturas inadvertidas de escolas médicas. Este é mais um fator para encorajar o jovem ortopedista a iniciar seu planejamento financeiro o quanto antes.
POR QUE PLANEJAR?
O rendimento da maioria dos ortopedistas é oriundo de serviços autônomos, ou seja, somos prestadores de serviços liberais sem vínculo empregatício. Tal fato nos coloca em posição de insegurança financeira para o futuro. Com o avançar da idade, perderemos capacidade laborativa e, consequentemente, poder de gerar renda a partir do trabalho. O motivo do planejamento está na possibilidade de se obter segurança financeira sem depender do exercício da medicina. Nesta entrevista o Dr. Marcelo de Carvalho Amorim fala sobre como o jovem ortopedista pode planejar melhor o futuro com segurança e garantia
QUAIS OS FATORES DEVEMOS LEVAR EM CONTA NA HORA DE FAZER O PLANEJAMENTO?
– O principal fator é poupar sempre! É necessário estabelecer um horizonte de utilização do dinheiro. O acúmulo financeiro deverá ser mais substancial quanto maior for a expectativa de uso monetário.
UM BOM PLANEJAMENTO É SINAL DE SUCESSO PROFISSIONAL?
– Não. A execução eficiente de um bom planejamento sim.
HÁ UM TEMPO, UM PRAZO PARA O PLANEJAMENTO DAR CERTO? QUAL É ESSE TEMPO?
– Depende. Ao realizar o planejamento financeiro, é possível estabelecer uma meta temporal para se atingir a tão esperada independência financeira, que é não depender mais do trabalho para sobreviver.
QUAIS AS VARIÁVEIS QUE DEVEMOS OBSERVAR PARA MUDAR DE RUMO, CASO O PLANEJAMENTO INICIAL NÃO ESTIVER DANDO CERTO?
– Sugiro um acompanhamento semestral do planejamento, avaliando sempre se as metas estão sendo cumpridas. Deve-se observar se os aportes têm sido satisfatórios, se as despesas não têm sido maiores que o esperado e se os investimentos estão trazendo o retorno almejado. Outro fator importante são as variações das economias mundial, nacional e local. Um bom investidor deve estar sempre atento ao cenário sócio-político.Em casos de falha no planejamento, deve-se tentar buscar qual ou quais os motivos da falha e isso pode ser bastante difícil. Sugiro, assim, solicitar ajuda de profissional capacitado.
DICAS PARA FAZER UM BOM PLANEJAMENTO:
- Hierarquizar gastos: Elabore uma planilha rigorosa com receitas e despesas;
- Gastar menos que se ganha; aPoupar excedentes, por menor que seja o montante;
- Ter uma reserva de segurança para imprevistos;
- Ter uma reserva de oportunidades: boas oportunidades aparecem em momentos inesperados;
- Investir os excedentes da maneira mais robusta possível. Inteligência financeira é a prática de tornar seu cotidiano sempre mais rico, não só em relação aos recursos, mas principalmente em relação às experiências e realizações.